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  • Matheus Lima

Rock in Rio: Sunset segue surpreendendo com encontros históricos


(Foto: Lucas Dumphreys / TMDQA!)

Sexta feira é dia de casa cheia. Com Tears For Fears e Bon Jovi no palco Mundo, a cidade respirava rock n' roll. Como há democracia, Jota Quest ocupou seu espaço cativo no festival e abriu o palco Mundo com o melhor baile pop. O grupo cada vez mais imprime nos arranjos musicais as influências do mundo do pop.

Logo ao lado, no palco Sunset, Baiana System causava reboliço. A interação com o público foi fora de série, foi possível sentir a grande energia da galera que pulava, dançava, brincava e se divertia como se não houvesse amanhã. O grupo mistura sons de reggae, soundsystem, pagode baiano, etc. Essa diversidade permite que Baiana se conecte com pessoas de muitas tribos e levando isso em consideração, muita gente parecia não conhecer o repertório deles, mas ao soar o primeiro acorde se portavam como fãs de carteirinha. Como não pode (e nem deve!) faltar um discurso sobre a política nos shows atualmente, Russo PassaPusso reforçou: "se houvesse justiça, haveriam mais pessoas aqui". De fato, a experiência Rock in Rio está fora de alcance pra muitos amantes da música tendo em vista a atual conjuntura do país e os números de desemprego. Por aqui, agradecemos a Heineken que garantiu a cobertura On Backstage ao longo do festival.

Um dos encontros mais aguardados do dia era o de Ney Matogrosso com Nação Zumbi. Ney, que abriu o Rock in Rio em 1985 agora retornou ao festival com essa proposta (que foi planejada desde 2015). O cantor com mais de seus 70 anos foi uma visão sublime. Não só para a geração mais antiga, teve gente muito nova cantando Ney do início ao fim.

O encontro teve clássicos de Secos & Molhados, Nação e o repertório solo de Ney. "Um Sonho" e "Foi De Amor" foram baladas que permitiam o público ver o cantor na sua mais pura essência. O caráter interpretativo é um marco e sem dúvidas um privilégio pertinho. Jorge Dupeixe e Matogrosso trouxeram muitas canções históricas da nossa música popular. A guitarra comandada por Lúcio Maia também hipnotizou o público gigante que parou pelo Sunset.

"Maracatu Atômico", de Chico Science com Nação Zumbi era um momento bastante aguardado, o instrumental estremeceu o público mas a afinação dos cantores não estava exatamente harmoniosa, fato que não diminuiu o impacto desse encontro consagrado no palco dos grandes encontros.

Nota: A autora não faz mais parte do site desde abril de 2018. Os seus conteúdos estão disponíveis por autorização da mesma.


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