Banda fez uma das performances mais icônicas e eletrizantes da história do festival, marcando por fenômenos, pulseiras que brilhavam, falas em português e simpatia dos integrantes
Coldplay em show apoteótico no Rock in Rio 2022 — Foto: Stephanie Rodrigues/G1
Coldplay é um dos grupos mais extraordinários em proporcionar uma experiência bem além das performances de um repertório com fenômenos explosivos, conectando de maneira intensa o público à atmosfera criada para cada uma de suas turnês de forma honesta. O que a banda fez no Palco Mundo do Rock in Rio na noite deste sábado (10), para cem mil pessoas, rendeu uma das apresentações mais emblemáticas da história do festival.
Se tem uma coisa que todo o grupo como se preocupa, é justamente em fazer com que cada um do espectador faça parte dessa jornada mágica. Para isso, pulseiras que brilham no ritmo de cada faixa foi distribuída logo na abertura dos portões, criando um espetáculo visual de tirar o fôlego.
Foi bonito para quem erguia as mãos para o alto na Cidade do Rock e para o público que acompanhava pela televisão. A noite era disputada e os ingressos esgotaram em pouco menos de 15 minutos na venda para o público, em abril.
Parte da história do Coldplay desde que mergulhou de cabeça em uma fase mais pop, na verdade, mais sincera, que as pulseiras que brilham e os efeitos pirotécnicos e de lasers passaram a fazer parte da estrutura cinematográfica de suas turnês mundiais, intensificando toda a emoção da plateia.
Coldplay em show apoteótico no Rock in Rio 2022 — Foto: Stephanie Rodrigues/G1
Cantada duas vezes, e todas com o mesmo fôlego, “A Sky Full Of Stars” foi um dos momentos mais insanos da noite, com queima de fogos que brilhava o céu da Cidade do Rock e uma chuva, além do temporal, de papel picado em formato de estrelas, é claro.
"Obrigado por estarem aqui na chuva conosco, sendo tão lindos e cantando tão lindamente. Obrigado por superarem o trânsito, a Covid, a chuva, o preço dos ingressos, as filas e todas as merdas que tiveram que superar para virem. Estamos tão gratos e felizes. Estou limpo agora sendo lavado e me sinto bem", disse Chris Martin, sendo ovacionado no mesmo instante.
O repertório foi clássico, unindo performances com músicas de 8 álbuns do grupo, incluindo os hits "The scientist", “Viva la Vida” e "Yellow", cantados a plenos pulmões pelos espectadores que se entregam de corpo e alma ao espetáculo.
Mandando ver no português, Chris cantou uma versão em português de "Magic", arrancando risinhos sinceros. Isso acontece na turnê mundial Music of the Spheres em cada um dos países por onde ela passa. Na sequência, a plateia entoou parabéns para Jonny Buckland, que fez aniversário de 45 anos neste domingo (11).
A experiência de um show do Coldplay, ressaltando, vai muito além de todos os seus sucessos que o ergueram ao topo. O grupo une em uma só direção carisma, efeitos visuais e uma plateia eufórica e fiel. O Rock in Rio testemunhou uma das maiores performances da banda em cima dos palcos, e uma das maiores noites da história do maior festival de música do planeta. Foi emblemático e de arrepiar do início ao fim. E sem nenhum exagero.
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